domingo, 31 de maio de 2015

A pessoa Monstro

            Hoje vou falar de um assunto não muito agradável: Pessoas que fedem. Você certamente conhece uma pessoa fedida, elas estão em todos os lugares. É incrível como a catinga pega. A fedentina entra no nariz e em poucos segundos parece que você está fedendo igual. O pior de tudo é que estas pessoas não percebem que estão nesta situação, parece que acostumaram com a catinga e não se preocupam. A tendência de você ser esbarrada ou abraçada e até beijada por um fedido é muito grande. A coisa piora muito se o cidadão é fumante. Aí a inhaca cria um ranço que gruda na roupa e contamina tudo numa área de 20m quadrados.
            Nos ônibus e lotações a situação é muito pior. Pensa na situação... Ônibus lotado, você em pé a viagem toda, recebendo cotoveladas e empurrões... Mas o que mais irrita é aquele cidadão fedido que insiste em ficar perto de você, e também não adianta ficar longe, o odor pecaminoso do indivíduo se espalha rapidamente pelo ônibus. Eu não consigo entender uma pessoa com aquela carniça toda às 09 da manhã! Acho que faz de propósito, tipo... “Hoje eu vou estragar o dia de muita gente!”. Deve peidar num saco e colocar a cabeça dentro.  
            Tem pessoas que fedem de todas as formas... (Chamo essas criaturas de “Pessoas Monstro”) É bafo, CC, álcool, cigarro, chulé, suor e azedume do cabelo, sabe daqueles que você olha o cabelo e parece uma pasta de amendoim no meio dos fios. Geralmente essas pessoas são gordas, peludas e alegres... Querem te abraçar e quando estão bêbadas fica o tempo todo abraçando, agarrando e querendo te beijar. Eu não sei por que os bêbados tem que falar tão pertinho da nossa cara, cuspindo em você.
            Eu pensei que nunca iria encontrar uma pessoa “Monstro”. Todos esses anos andando de ônibus lotado eu já vi e senti odores de todo jeito, mas nunca como na última sexta-feira. Era dia de jogo do Brasil, então estava uma loucura... Entrei no ônibus e consegui um assento na janela. Abri a janela, coloquei o fone de ouvido e fechei os olhos e fui tranquilamente curtindo o ventinho na cara e curtindo uma boa música. De repente... Senti uma catinga azeda invadindo minhas narinas. Quase vomitei... Abri os olhos para ver se tinha alguma carcaça de algum animal na rua. Fechei rapidamente a janela, imaginando que a carniça estava entrando, mas eu estava enganado. Ao meu lado sentou uma senhora. Uma pessoa “Monstro”... Tinha todos os atributos de fedentina e como não poderia deixar de ser, era alegre e gorda. Eu olhei para ela com os olhos arregalados não acreditando que estava diante daquela criatura lendária e ela sorriu para mim e disse: “Bom dia...” Meu DEUS do céu, a pessoa estava morta. Tinha uma cor esverdeada parecia ter saído de um purgatório. O pior de tudo que eu estava no canto e para sair do lado da morta-viva eu tinha que passar por ela, esbarrando. O risco seria muito pior então abri ao máximo a janela, mas não adiantava... A inhaca já estava impregnada.
            Aguentei firme, segurando a respiração e tentando não vomitar. Fiquei preparado para dar um murro na cara dela se ela puxasse assunto comigo. O meu medo maior era se ela soltasse um peido. Imagina o cheiro do que estava dentro daquela massa de carne podre. Se por fora já era difícil, imagina os gases produzidos internamente.
            Felizmente estava chegando ao fim da viagem. Logo desço e fico livre dessa bagaçada (pensei). Chegando perto da minha parada, olhei firme pra ela e disse: “- Vou descer.” ela se levantou e então eu pude sair. Fiquei esperando no rumo da porta e a pessoa “Monstro” não sentou... Ficou atrás de mim. Só faltava ela dar um arroto bem no meu cangote aí eu ia vomitar nela tudinho! (pensei). Quando a porta se abriu eu desci rapidamente. Acelerei os passos para ficar o mais longe possível da terrível criatura. Quase vomitei e fiquei o dia todo com a inhaca da “Monstra” comigo.
            Nunca mais quero encontrar uma criatura desta. Estava pensando se fosse um espécime do sexo masculino aí a fedentina ia ser muito maior.

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