quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A lei da percepção Espiritual

                Vamos filosofar um pouco hoje pessoal!
                Com certeza a equação: E = mc² é a mais famosa da física. Qualquer teoria científica consiste num conjunto de leis descritivas e equações matemáticas com uma boa dose de interpretação que vai se modificando a medida que a teoria se desenvolve. A própria equação da relatividade de Albert Einstein passou por transformações inúmeras até seu significado completo e até hoje tem dado margem a controvérsias científicas.
                Sabendo que uma nova teoria sempre é influenciada pelo momento histórico em que surge e com o passar do tempo, sua interpretação vai sendo aprimorada, certos entendimentos vão sendo descartados ou alterados e novos pensamentos vão surgindo. Pensando nisso, proponho iniciar uma discursão teórica que há algum tempo vem me consumindo, compreendo minhas limitações intelectuais, mas sei que posso contar com todos os meus leitores para me ajudar nesta reflexão, juntos poderemos pensar melhor e curtir um pouco esta onde de pensamentos filosóficos que estou vivendo. Tranqüilizo a todos que estou em plena faculdade mental, mas preciso da ajuda de vocês  para elucubrar estes pensamentos. Vamos juntos então:
                Inicialmente vou tratar esta teoria de “Lei da percepção Espiritual”. Acho interessante buscar respostas científicas para questões filosóficas e adoro o trabalho de “Descartes” ele é aquela mente brilhante que disse: “Penso, logo existo” isso é muito lógico, mas na minha mente inquieta, sempre me pareceu fácil demais então resolvi complicar um pouco para tentar entender mais fácil (Risos...). Estão me achando louco né! Mas vamos continuar...
                Este princípio fundamental de toda a certeza racionalista de “Descartes” sempre foi forte em minha mente. Eu sempre questionava se seria possível provar, cientificamente a existência do Espírito ou da consciência, e consequentemente do mundo espiritual. Há alguns meses, em uma conversa com um amigo, minhas ideias começaram a clarear e então eu pude perceber uma linha de raciocínio inicial e primitiva para conseguir expressar o que há tanto tempo estava sem nexo na minha cabeça.  Eureca! Gente eu não estou louco... Sério! Confiem em mim. Vamos que vamos...
                O fato de ter citado a lei da relatividade no início deste texto, tem tudo a ver com o nosso estudo. Mostrarei apenas as variáveis que irão nos orientar neste processo inicial de percepção teórica e subsidiar as futuras discursões para desenvolvermos um pensamento mais concreto.  Então esta postagem é apenas a apresentação de uma idéia teórica, que podemos discutir indefinidamente, inclusive se tiver alguém para contestar os argumentos aqui expostos, será um grande prazer colocarmos em pauta.
                Então recapitulando: A ideia da nossa reflexão é criarmos uma fórmula matemática que consiga provar a existência do espirito e vamos chama-la de “Lei da percepção Espiritual”.
                Existe um efeito colateral na lei da relatividade que será a nossa primeira variável: DLt (Dilatação temporal). Explicando a DLt: Se uma nave nos levasse a 99% da velocidade da luz, chegaríamos a Próxima Centauro em cinco meses! No entanto, cinco anos teriam se passado na Terra! Quando voltássemos, estaríamos cerca de um ano mais velhos, mas toda a gente na Terra teria envelhecido 10 anos!
                Outra variável importante para nosso estudo é o tempo, sem distorções e deformações. Simplesmente o tempo que temos consciência. (T);
                Usaremos também a variável: PAt que é a percepção do aumento da velocidade do tempo. Esta é a variável principal e que deu origem a todo este estudo.
                É de percepção de todos que quanto mais velhos ficamos, mais rápido o tempo passa, isso é a Pat.
                Então, compondo a primeira parte da equação temos:
                PEs = PAt(T)
                Onde: PEs = Percepção espiritual;
                Desta forma: PEs = PAt(T) vamos supor inicialmente que a percepção espiritual está associada à percepção do aumento da velocidade do tempo(T). Quanto mais tempo vivemos, maior é a sensação de que o tempo passa mais rápido. Suponho que isto aconteça porque estamos chegando cada vez mais perto do momento de retornar ao plano espiritual então o tempo começa a se contrair em nossa realidade espiritual e reflete no plano físico, transmitindo a sensação de fadiga temporal. Gente isso é um fato incontestável!
                Mas onde entra a tal da DLt (Dilatação temporal) da relatividade?
                    (*) Sabemos que a lei da relatividade se aplica às coisas materiais, por isso Einstein afirmou que não é possível a matéria viajar além da velocidade da luz. Considerando a nossa hipótese de contração do tempo, podemos definir teoricamente uma relação inversa entre a DLt (Matéria) e PAt(T) (Espírito).
                    PEs = PAt(T) - DLt
               Por dedução simples, se quanto mais tempo vivemos, menos tempo percebemos e sabemos que a dilatação temporal (DLt) é o inverso disso, então se conseguíssemos neutralizar ou seja, igualar esta equação, então teríamos um indivíduo que não sofreria a percepção da dilatação temporal.                 Podemos concluir então que a percepção espiritual é igual à diferença entre a dilatação temporal pela percepção do aumento do tempo. O problema é que em apenas uma existência não podemos ter um número expressivo da percepção do aumento do tempo. E desta forma o valor de PEs será sempre negativo. Fiquei triste neste momento da descoberta. Como poderia resolver este problema. Aí me veio maior arma da ciência, a suposição. Como queremos descrever algo matemático, devemos e podemos transcender os conceitos de vida que concebemos.
                Então... Permita-me supor uma existência de milhares de anos e sendo a PAt(T) uma equação progressiva e geométrica, então com milhares de anos poderíamos chegar a um valor igual entre as variáveis e então o PEs estaria estabilizada.
                      PEs = ∑(PAt(T)) – DLt(T), quando T -->
                Se o valor de PEs for igual à zero, significaria que o indivíduo que teria esta percepção (com milhares de anos de vida) não sofreria o efeito da dilatação temporal, proposta por Albert Einstein. Sendo isso impossível na matéria... (*) Conclui-se que esta realidade só acontece no âmbito espiritual. Assim nossa teoria estaria comprovada e a existência do “Eu” espiritual estaria representada matematicamente.
                Massa né! Se alguém tem alguma dúvida, podemos conversar a respeito. Mas por favor! Tudo de forma científica. Nada de religiosidade e pensamentos dogmáticos.
                Então eis a fórmula:
                      PEs = ∑(PAt(T)) – DLt(T), quando T -->  

                Traduzindo:
                A Percepção Espiritual é igual a somatória da percepção do aumento da velocidade que o tempo passa em nossas vidas, menos a dilatação temporal em um determinado tempo, quando este tempo tende ao infinito.
                Basicamente é isso! Agora tentem dormir (Risos)

domingo, 31 de maio de 2015

Fazendo uma hidrólise alcalina

                Hoje vou compartilhar com vocês uma experiência que vai ajudar a todos nós e ao meio ambiente.
Minha esposa sempre fez sabão das sobras de óleo. Já é costume nosso. A gente vai guardando o óleo em recipientes e quando tem uma quantidade boa, a gente processa e faz o sabão de soda. Além de ser um produto muito bom para lavar louça e chão, a gente acaba contribuindo para a preservação do meio-ambiente.
                O processo é bastante simples. Vou passar a receita para processar 6 LT de óleo. Primeiro separe os ingredientes: 2 LT de água, 6 LT de sobra de óleo (coado), 1 kg de soda cáustica e 3 LT de álcool. Tem gente que coloca detergente ou sabão em pó, mas eu não gosto... Se você está fazendo sabão e coloca sabão, fica meio sem graça (risos).
                Vamos ao modo de preparo: Coloque a água para ferver (70 graus Celsius). Antes de levantar fervura, retire do fogo e adicione a soda cáustica (Muito cuidado nesta hora, pode ocorrer pequenas explosões de gases nessa fase do processo). Fique mexendo até que a soda derreta. Depois de dissolvida, adicione o óleo de cozinha e nunca deixe de mexer. Quando a mistura estiver homogênea, acrescente o álcool lentamente, continue mexendo por uns 30 minutos. Esse tempo na verdade é muito relativo. Sempre fizemos a mesma receita e nunca o sabão fica igual ao outro. Tem algum mistério que ainda não descobri qual é.
                Vou relatar o fato que aconteceu na última vez que fomos fazer o tal sabão e vocês  ajuda a gente entender melhor o que ocorreu. Tem alguns segredos que já descobrimos. Por exemplo: Não usar nada de metal (qualquer metal) nem a vasilha nem a colher que for mexer. Dependendo do metal, pode acontecer uma reação química muito forte e acidentes sérios podem ocorrer. Usamos sempre vasilha de plástico resistente e colher de madeira.
Vamos aos últimos acontecimentos: Comprei o álcool (3 LT) no posto de gasolina (de sempre) e separamos o óleo já coado juntamos 6 Litros de óleo. Colocamos a água (2 LT) para esquentar. Desligamos o fogo e transferimos a água quente para a vasilha de plástico e adicionamos a soda cáustica... Meu Deus do céu! Aí começou o nosso transtorno. Eu sabia que este momento era crítico, mas tinha algo muito estranho. À medida que íamos acrescentando a soda, dava cada explosão que subia até o teto. Minha esposa já deu o grito:
                - Meu DEUS do céu! Você comprou a soda SOL? (Outro segredo... Se não for a tal soda SOL, não funciona).
                - Comprei mulher! Fica calma que é normal, deve ser o álcool que deve estar com octanagem muito alta. Tentei explicar o processo para ela de forma mais científica. Quem sabe ela ficasse mais calma...
                - Amor... O processo é seguro. É apenas uma hidrólise alcalina de um óleo (glicerídeo). Dizemos que é uma hidrólise em razão da presença de água (H2O) e que é alcalina pela presença da base NaOH (soda cáustica). Isso tudo aquecido resulta num produtos da reação de Saponificação: sabão e glicerol (álcool). Entendeu?!
                - O que você está falando? Essa “coisa” vai explodir!
Continuei mexendo e a mistura foi acalmando. Esquentou tanto que achei que a vasilha de plástico ia derreter. Começamos a colocar o óleo e a “coisa” virou bicho novamente. Parecia um vulcão em erupção. Pensei em desistir, estava apavorado mas não tinha como voltar a traz.
                Foi aí que minha esposa foi na folhinha (calendário) e deu um grito:
                - HOJE É LUA NOVA! VAI DESANDAR.
                Não entendi nada e continuei mexendo. Na minha cabeça procurava entender onde a lua encaixava na equação química...

                Fizemos tudo que estava ao nosso alcance e conhecimento para acalmar a criança: Colocamos mais água, mexemos mais rápido, mais devagar, para direita, para esquerda, pra frente e pra trás. Cantamos ponto de umbanda e até reza fizemos e nada... Em um determinado momento quando fomos revezar na labuta, eu deixei cair uma boa quantidade da reação na minha perna. Saí correndo para lavar. Estava de bermuda. Quando joguei água e passei a mão para tirar, os pelos da perna saíram junto. E começou a arder. Esfreguei bastante e joguei muita água. Estava na batalha tentando me livrar do sofrimento quando minha esposa deu outro grito:
                - COMEÇOU A MUDAR DE COR!
                Eu não sabia se isso era uma boa ou má notícia.
                Cheguei rápido para ver o que estava acontecendo e ela estava muito suada de tanto labutar. Trocamos de lugar novamente e ela toda animada:
                - Tá quase chegando ao ponto. Olha só a cor como está boa! Agorinha ele endurece e pode parar.
                Ficamos nesta labuta umas duas horas até que ele não endureceu, mas a Osmarina estava vendo que estava bom. Paramos e deixamos a reação descansar e a gente também. No final deu tudo certo, mas até hoje não entendi essa reação tão extrema. Mas na dúvida vamos consultar a lua toda vez. Só não sabemos exatamente qual é a lua boa. Se na nova aconteceu isso tudo imagina o que não vai acontecer na cheia!

O Araticum Cagão

                Vou transmitir nesta história o conhecimento de uma fruta que tenho certeza que a maioria de vocês nunca ouviu nem falar: O araticum. O cerrado é muito rico em frutos bastante exóticos. Os mais famosos além do araticum são: pequi, mangaba, buriti, curriola, baru, gabiroba, cagaita entre outras. Como já perceberam, todos os nomes têm origem e significado indígena. Esses frutos apresentam sabores “sui generis” e elevados teores de açúcares, proteínas, vitaminas e sais minerais, podendo ser consumidos in natura ou na forma de sucos, licores, sorvetes, geleias, etc. Hoje, existem mais de 58 espécies de frutas nativas do cerrado conhecidas e utilizadas pela população.
                Agora chega de assunto sério, afinal este blog é de humor, então vamos ao que realmente interessa. Bem... Alguma destas frutas eu nunca tinha experimentado. O araticum, por exemplo, era uma destas. Ganhei do Robison (um colega de trabalho) quatro exemplares do legítimo araticum “cagão”. Eu não sabia exatamente o porquê deste nome, mas suspeitei e acabei descobrindo da pior maneira possível.
                Já em casa abri o mais maduro e comi inteiro. Achei, a princípio, o gosto muito forte, mas comecei a comer e gostei. Tirei a polpa do outro e fiz uma vitamina, mais a noite bebi dois copos grandes (ohhh! Arrependimento). Acordei as 03h: 00 com uma cólica terrível e corri para o banheiro. Foi o prazo de sentar no vaso para começar a entender o porquê do “cagão”. Araticum em tupi-guarani significa: “Fruta de massa mole” e bota mole nisso... Até o cocô fica mole. A coisa foi tão violenta que tive que tomar um banho depois do massacre sofrido. Minhas pernas ficaram bambas, suava frio e fiquei numa fraqueza que dava dó. Pensei que iria desencarnar, mas respirei fundo e segurei o tranco.
                Conversando depois com minha mãe (que adora araticum) sobre o estrago que o araticum fez comigo, ela me disse que na verdade ele tem esse nome: araticum-cagão pelo cheiro forte que exala e não pelo estrago que fez comigo.
                No outro dia quando cheguei à rodoviária, ainda passando mal com o efeito do “cagão”, veio um cara me oferecendo sabe o quê? ... “Araticum-cagão” e dizia ser o legítimo. Se o que o Robison me deu for o falsificado, eu nem quero passar perto desse legítimo. O senhor dizia:
                - Quer araticum-cagão senhor?
                (nem respondi. E ele insistiu...).
                - Temos várias frutas: Ata, Graviola, Acerola, Manga... O Senhor não quer nenhuma? Ahhh! Temos também a cagaita.
                - Deus que me livre amigo! De “Caga...” Eu já estou cansado.
Estava tão traumatizado que nem tinha entendido que ele estava falando de outra fruta do cerrado: A cagaita.
Agora imagina... Se o araticum que tem o sobrenome: “Cagão” quase me derrubou, pensa numa fruta com nome: Cagaita!

 Araticum-Cagão
Cagaita

A pessoa Monstro

            Hoje vou falar de um assunto não muito agradável: Pessoas que fedem. Você certamente conhece uma pessoa fedida, elas estão em todos os lugares. É incrível como a catinga pega. A fedentina entra no nariz e em poucos segundos parece que você está fedendo igual. O pior de tudo é que estas pessoas não percebem que estão nesta situação, parece que acostumaram com a catinga e não se preocupam. A tendência de você ser esbarrada ou abraçada e até beijada por um fedido é muito grande. A coisa piora muito se o cidadão é fumante. Aí a inhaca cria um ranço que gruda na roupa e contamina tudo numa área de 20m quadrados.
            Nos ônibus e lotações a situação é muito pior. Pensa na situação... Ônibus lotado, você em pé a viagem toda, recebendo cotoveladas e empurrões... Mas o que mais irrita é aquele cidadão fedido que insiste em ficar perto de você, e também não adianta ficar longe, o odor pecaminoso do indivíduo se espalha rapidamente pelo ônibus. Eu não consigo entender uma pessoa com aquela carniça toda às 09 da manhã! Acho que faz de propósito, tipo... “Hoje eu vou estragar o dia de muita gente!”. Deve peidar num saco e colocar a cabeça dentro.  
            Tem pessoas que fedem de todas as formas... (Chamo essas criaturas de “Pessoas Monstro”) É bafo, CC, álcool, cigarro, chulé, suor e azedume do cabelo, sabe daqueles que você olha o cabelo e parece uma pasta de amendoim no meio dos fios. Geralmente essas pessoas são gordas, peludas e alegres... Querem te abraçar e quando estão bêbadas fica o tempo todo abraçando, agarrando e querendo te beijar. Eu não sei por que os bêbados tem que falar tão pertinho da nossa cara, cuspindo em você.
            Eu pensei que nunca iria encontrar uma pessoa “Monstro”. Todos esses anos andando de ônibus lotado eu já vi e senti odores de todo jeito, mas nunca como na última sexta-feira. Era dia de jogo do Brasil, então estava uma loucura... Entrei no ônibus e consegui um assento na janela. Abri a janela, coloquei o fone de ouvido e fechei os olhos e fui tranquilamente curtindo o ventinho na cara e curtindo uma boa música. De repente... Senti uma catinga azeda invadindo minhas narinas. Quase vomitei... Abri os olhos para ver se tinha alguma carcaça de algum animal na rua. Fechei rapidamente a janela, imaginando que a carniça estava entrando, mas eu estava enganado. Ao meu lado sentou uma senhora. Uma pessoa “Monstro”... Tinha todos os atributos de fedentina e como não poderia deixar de ser, era alegre e gorda. Eu olhei para ela com os olhos arregalados não acreditando que estava diante daquela criatura lendária e ela sorriu para mim e disse: “Bom dia...” Meu DEUS do céu, a pessoa estava morta. Tinha uma cor esverdeada parecia ter saído de um purgatório. O pior de tudo que eu estava no canto e para sair do lado da morta-viva eu tinha que passar por ela, esbarrando. O risco seria muito pior então abri ao máximo a janela, mas não adiantava... A inhaca já estava impregnada.
            Aguentei firme, segurando a respiração e tentando não vomitar. Fiquei preparado para dar um murro na cara dela se ela puxasse assunto comigo. O meu medo maior era se ela soltasse um peido. Imagina o cheiro do que estava dentro daquela massa de carne podre. Se por fora já era difícil, imagina os gases produzidos internamente.
            Felizmente estava chegando ao fim da viagem. Logo desço e fico livre dessa bagaçada (pensei). Chegando perto da minha parada, olhei firme pra ela e disse: “- Vou descer.” ela se levantou e então eu pude sair. Fiquei esperando no rumo da porta e a pessoa “Monstro” não sentou... Ficou atrás de mim. Só faltava ela dar um arroto bem no meu cangote aí eu ia vomitar nela tudinho! (pensei). Quando a porta se abriu eu desci rapidamente. Acelerei os passos para ficar o mais longe possível da terrível criatura. Quase vomitei e fiquei o dia todo com a inhaca da “Monstra” comigo.
            Nunca mais quero encontrar uma criatura desta. Estava pensando se fosse um espécime do sexo masculino aí a fedentina ia ser muito maior.

Wi-Fi difícil demais

            A nossa dependência pela internet e principalmente no celular é incrível. Com essa onda do WatsApp, somos prisioneiros da tecnologia e só notamos esta dependência quando não conseguimos acessar. Isso aconteceu comigo nas últimas férias quando fomos para São Miguel do Araguaia. Lá tem internet, mas no celular só pega de forma razoável a operadora TIM, com a operadora “VIVO” o celular fica “mortinho” quando tentamos acessar a internet.
            Meus filhos, assim como eu, dependentes da internet no celular conseguiram encontrar um local que tinha sinal Wi-Fi. Chegaram correndo para me contar a novidade, finalmente iríamos acessar a nosso WatsApp e ficar por dentro das fofocas e encaminhar as fotos. Era numa sorveteria. Combinamos que no outro dia bem cedo iríamos tomar uns sorvetes e usar a tão sonhada Wi-Fi.
            Chegamos e sentamos numa mesa. O garçom da sorveteria chegou com o cardápio e a gente foi logo dizendo:
            - Qual é a senha do Wi-Fi? 
            - Precisa consumir algo para usar o Wi-Fi.
            - Claro... Traga três bolas de sorvete e uma jarra d´água. (disse eu ansioso para acessar logo o Wi-Fi)
            - Para usar a Wi-Fi tem que comprar pelo menos um Milk Shake.
            - Então traga dois Milk Shake e a senha do Wi-Fi.
            O cara trouxe os Milk Shake, e informou a senha do Wi-Fi.
            Finalmente acessamos nossos WatsApp, estava um pouco lento, mas estávamos conseguindo colocar as fofocas de uma semana em dia. Não demorou trinta minutos e o sinal de Wi-Fi desapareceu. Chamei o garçom e reclamei o sinal, ele me informou que tinha acabado o tempo. Não entendi e comecei a me irritar.
            - Uai você não disse que era só pedir um Milk Shake que liberava o sinal.
            - Sim senhor... O Milk Shake tradicional dá direito a quinze minutos. Como o senhor pediu dois, só tem direito a trinta minutos.
            - E pra ficar mais tempo, o que temos que fazer?
            - Comprar mais Milk Shake.
            - Tem alguma coisa que a gente pode comprar e ficar o dia todo com o sinal?
            - O senhor tem as seguintes opções de acesso de acordo com o Milk Shake:
  • Milk Shake Tradicional = 15 minutos
  • Milk Shake de Banana = 20 Minutos
  • Milk Shake de Capuccino = 30 Minutos
  • Milk Shake de Chocolate = 40 Minutos
  • Milk Shake de Bis = 1 Hora
  • Milk shake de nutella = 2 Horas
            - Se eu pedir todos esses eu terei acesso ao sinal o dia todo?
            - Não senhor... Terá acesso à apenas a 04h45min.
            - Não tem nenhuma promoção para acessar o dia todo?
            - Vou ver com o dono.
            Após mais de uma hora de negociação com o dono, chega o garçom com a seguinte opção:
            - O senhor terá acesso o dia todo se fizer o seguinte pedido:
3 Milk Shake Tradicional
1 Milk Shake de Banana
2 Milk Shake de Capuccino
5 Milk Shake de Chocolate
3 Milk Shake de Bis
3 Milk shake de nutella
1 Baré-cola de 2Lt
3 Tridente de melancia
            Como eu estava muito necessitado (vício é foda) fiz o pedido, sem pensar no custo benefício.
            Assim que chegou aquele tanto de Milk Shake, disse para os meninos... Vamos deixar esses Milk Shake em casa, porque nós não vamos conseguir tomar tudo mesmo.
            Assim fizemos fomos rapidinho deixar o pedido em casa e voltar para acessar finalmente nosso Wats App sem ser interrompido.
            Voltamos pra sorveteria, avisei o resto da família da conquista e fomos todos que tinham celular VIVO para acessar sem limites. Quando chegamos, não tinha mais o sinal.
            Chamei o garçom e perguntei se tinha mudado a senha.
            - Sim senhor.
            - E qual é a senha?
            - Para usar a Wi-Fi tem que comprar pelo menos um Milk Shake.
            - Você está de brincadeira! Comprei um caminhão de Milk Shake para acessar o dia todo. E agora você vem me dizer que não posso mais acessar.
            - É que o acesso é por mesa. Como o senhor saiu, perdeu a senha. Agora precisa fazer novo pedido.
            Definitivamente, desisti de acessar o Wi-Fi o dia todo.
            Engordamos pelo menos uns cinco quilos cada um, de tanto tomar Milk Shake. 
            Mas vício é vício.

Estética ou Reparadora

            Olá caro leitor, é com imensa alegria que volto a escrever para vocês depois de exatamente 109. Então... Hoje vou falar de um assunto polêmico, mas que precisa ser dito, mesmo sobre um ponto de vista cômico e até engraçado. Com a modernidade e as facilidades aos recursos da medicina moderna, as pessoas estão cada vez mais procurando a ajuda dos cirurgiões plásticos para dar aquela “arrumadinha” nas coisas que acreditam que estão caídas, desbeiçadas, enrugadas, murchas e sem volume.
            Um dia desses, estava na feira dos importados com meu filho e vi uma criatura que parecia aquela imagem assombrosa do filme jogos mortais. Levei um susto, mas me contive. As pessoas as vezes não percebem o que estão se transformando e passam a fazer procedimentos cirúrgicos exagerados.

            É evidente que existem procedimentos que a melhora é assustadora, mas o problema começa quando a pessoa vicia nos procedimentos e passa a achar que tudo nela precisa ser retocado ou modificado. Outro dia encontrei uma senhora no ônibus que não conseguia tirar o sorriso da boca. Ela estava marcada eternamente por um sorriso que não existia. Eu não conseguia tirar os olhos dela. O celular dela tocou e pude observar que quando ela conversava a boca não abria igual a da Hebe Camargo (lembra?!...) e as orelhas dela mexiam.
            A plástica reparadora assim como a estética também pode dar alguns problemas. A esposa de um amigo cismou que o marido roncava demais e resolveu procurar ajuda. Fez o coitado dormir numas clínicas de sono e fez um monte de exames, e descobriram que ele tinha um desvio no septo nasal que o fazia roncar muito, então resolveram fazer uma cirurgia para corrigir. Depois que tiraram os curativos ele finalmente iria dormir tranquilo sem aquele incômodo e a esposa sem os flagelados roncos. Chegaram ansiosos em casa e foram deitar. No meio da noite o cara resolve mudar a posição e ficar de ladinho e fazer uma conchinha. Só foi ele encaixar a conchinha de ladinho e começou um assobio bem fininho no pé da orelha da esposa. Veja no link abaixo, o exemplo do assobio:
            Pensa numa mulher brava... Levantou louca e fui direto ao médico para ele voltar com o ronco do marido. É o que eu sempre digo, as coisas podem piorar e muito.
            Uma conhecida achou que precisava fazer uma reparação dos olhos, ela tinha realmente umas bolsas na parte debaixo dos olhos. Ela fez a cirurgia de correção e ficou até legal, o problema foi um efeito colateral... Começou um tique nervoso, ela involuntariamente começava a piscar e isso gerou algum constrangimento, mas por outro lado acho que funcionou para conquistar o atual marido, ela era muito tímida e acho que as piscadelas involuntárias fisgou o maridão.   
            Outro caso interessante foi de um amigo. Sabem aqueles gordinhos baixinhos, os chamados barriga-de-shop? Então esse é o perfil do cara. Ele se casou com uma mulher muito bonita e vaidosa (gostosa mesmo), daquelas saradas sabe, piolho de academia. Ela Infernizou o coitado até ele começar a malhar, em pouco tempo ele estava todo esbelto, mas a barriguinha de shop e um inferno, por mais que a gente malhe ela insiste em permanecer na nossa vida. Então ele resolveu fazer uma Abdominoplastia. Fui visita-lo em casa, o coitado não conseguia andar normalmente, ficava emborcado sabe, a dor era visível na cara dele. No momento quando fiquei sozinho com ele, então perguntei se estava tudo bem se estava doendo, ele me disse com os olhos cheio de lágrimas: - Ahhhh! meu amigo, se eu soubesse que isso iria doer tanto! Que sacrifício! E completou: O pior momento foi a minha primeira cagada depois da cirurgia, doía tanto que achei que ia desmaiar. Ele se recuperou rápido, mas a barriga-de-shop voltou depois de alguns meses, mas nunca mais falou em cirurgia plástica.

Manual da Mulher

           Como seria interessantíssimo se a mulher tivesse um manual. Mas não é tão difícil como parece entender as mulheres, basta saber quando ela está com a razão e quando você está errado! Resolvi escrever algumas dicas interessantes sobre como entender o real significado do vocabulário das mulheres.
               Primeiramente você deve saber que nem sempre precisa existir uma palavra. Apenas uma expressão ou um simples olhar ou um gesto com os ombros ou sobrancelhas pode significar muito no diálogo, de acordo com a situação os significados são muito complexo e nesta situação precisa analisar um instante, antes de responder algo. Lembre-se as vezes (eu disse, as vezes!) um pequeno (eu disse pequeno) silêncio é a melhor resposta, até você saber exatamente o que a mulher deseja realmente expressar.
                Outra coisa... Nunca responda algo sem prestar atenção nestas dicas. Isso pode ser perigoso. Tem um amigo que ficou na UTI três dias porque estava no sofá com a esposa assistindo TV e começou a alisar ela, aí ela disse toda manhosa e cheia de dengo, achando que o cara estava com outras intenções: - O que você está querendo amor? E ele disse: - Nada só estou procurando o controle-remoto. Pronto! Viu mais nada! Resposta erradas causam isso.
                Então vamos às dicas:
                1. O que parece ser óbvio nem sempre é. Por exemplo: NÃO significa SIM. SIM significa Talvez e TALVEZ significa NÃO;
                2. Se você está no meio de uma discursão entenda de uma vez por todas: SEI significa NÃO ACREDITO EM NADA QUE VOCÊ DISSE. TÁ significa: PARA DE FALAR e ESQUECE significa: NÃO ADIANTA, NÃO VAI ENTENDER;
                3. Nem sempre o que você acha que é uma concordância, na realmente não é. Exemplo: ENTÃO VAI, significa: NÃO VÁ DE JEITO NENHUM. DE BOA, significa: Estou com raiva. HUM, significa: Estou com ciúme. NÃO PRECISA VIR NA MINHA CASA, que dizer na verdade: VENHA AQUI AGORA e o mais importante: FAÇA O QUE VOCÊ QUISER, significa: SE FIZER JÁ ERA!
                4. Mesmo quando ela diz o que fazer ou diretamente afirma o significado, na verdade o que significa é outra coisa. Exemplo: NÃO É NADA, quer dizer: TÁ TUDO ERRADO, TEM ALGO SIM E É GRAVE! Quando ela diz: NÃO FALE COMIGO, por favor... Peça desculpa imediatamente! Se ela te pedir para sair, se você sair é morte na certa!
                5. Seja paciente e esperto... Quando ela diz: Estarei pronta em 1 minuto, relaxe, ligue a TV, tire os sapatos, deite no sofá e espere sem reclamar. Quando ela diz: ESTOU GORDA! Diga imediatamente que ela está linda!
                6. E por último, se ela falar para você: Você precisa aprender a se comunicar, coloque uma coisa na sua cabeça, ela está dizendo que é para você concordar sempre com ela.
                Se você seguir atento, e realmente interpretar os significados correto das palavras e situações, a possibilidade de se dar bem é grande, porém existem outras variáveis que podem interferir no significado de tudo que disse anteriormente, alguns períodos interessantes, idade, lua e até posições de alguns astros podem influenciar.
                
                Então, Boa sorte!

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Descobrindo o TOC

            Vou falar hoje sobre o TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo. Uma das características intrigantes do TOC é a diversidade dos seus sintomas (medos de contaminação/lavagens, dúvidas excessivas seguidas de verificações, preocupação exagerada com ordem/simetria ou exatidão, entre outros).
            Hoje constatei que meu filho sofre um pouco do TOC, mais precisamente com a preocupação exagerada com ordem/simetria das compras dentro do carrinho do supermercado. Pois bem... Fomos ás compras. Confesso que eu também tenho um pouco de preocupação com a organização das coisas no carrinho, mas meu filho sofre com isso (percebi hoje). Agora imagina a Osmarina e ele fazendo compras, ela não se preocupa com nenhuma organização das compras, para ela tá lá dentro e pronto, de qualquer jeito mesmo e o coitado ajeitando tudo no seu lugar.
            Fiquei observando ele organizando as coisas mais pesadas em baixo para não amassar os pães e frutas. Aí ela vem com os produtos químicos e diz pra ele: - Coloca longe dos alimentos. Coitado... Tudo que não é produto químico era alimento. O menino ficou louco... Parou o carrinho num canto e foi tirando as coisas e tentando separar os produtos químicos das comidas. Quando ele terminou ela veio com uns 30 pacotes de suco e jogou em cima dos produtos químicos. Ele colocou a mão na cabeça e foi procurar um lugar pros tais pacotes de suco. Os pacotes caíam pelos buracos do carrinho, custou, mas conseguiu agasalhar os sucos entre os produtos químicos e os alimentos. 
            Algumas coisas são mais difíceis de organizar no carrinho e precisam de mais cuidado e organização, agora imagina uma pessoa com TOC, essas coisas são, por exemplo: Ovos, Pães, Folhas, Saquinhos de Suco. Mas existe uma coisa que é a campeã de todas e se você esquecer-se dela, depois é um Deus nos acuda para arrumar um lugar. Então... Bem no meio das compras, todo bem organizado, aí a Osmarina olha para o João e diz: - Nossa, esqueci-me de pegar a caixa de leite. Esse menino olhou para mim com uma cara de choro que deu dó! Ajudei-o a organizar a caixa de leite no fundo do carrinho, mas ele ficava o tempo todo brigando comigo por conta dos tais produtos químicos. Pois bem... Continuamos as compras e a cada produto ele arrumava um lugar certinho para colocar.
            Mais uma vez vem a Osmarina carregando dois refrigerantes de 2Lt e dois de 3Lt. Imaginei aquela coisa sem jeito, sem canto. Mais uma vez outra reorganização. Segundo ele, os refrigerantes teriam que ficar nos cantos, mas nos cantos eles inevitavelmente iriam encostar-se a algum produto químico, aí eu disse para ele: - Filho relaxa. Sua mãe disse para não misturar alimentos com os produtos químicos, não disse nada sobre bebida. Ele aceitou meu argumento mais fez questão de deixar os refrigerantes nos cantos.
            Um produto que esse até eu faço questão de ter cuidado é com a Qboa. Geralmente coloco enrolado em dois sacos para não derramar e passar cheiro para outros produtos, aí fui dizer para ele ter cuidado com a Qboa para quê! Esse menino ficou doido para arrumar um canto para a Qboa, mas os cantos já estavam ocupados pelos refrigerantes. O jeito foi carregar a Qboa debaixo do braço mesmo. Abraçadinho!
            Chegando ao caixa foi outro problema, ele queria passar primeiro os produtos mais pesados, que estavam em baixo dos produtos mais leves. Para não amassar! Fizemos toda logística para atender o seu desejo.
            Quando chegamos no carro e fomos tirar os produtos do carrinho para colocar no porta-malas esse menino ficou doido... Cadê o pão integral da Ana Luiza. Quando encontramos ele estava debaixo da caixa de leite, bem amassadinho. Juro que não fui eu que coloquei! Mas em fim! Chegamos em casa felizes com as compras, apesar do assassinato do pão integral ele me pareceu bem tranquilo e resignado! Vamos tratar esse problema juntos com carinho e menos organização!

A evolução chegou na minha área de serviço

            Tudo na vida evolui. Mesmo as coisas que a gente acreditava que nunca precisaria evoluir estão muito diferentes. Uma dessas coisas é a máquina de lavar roupa. A minha máquina não era das mais antigas, e para mim já tinha tecnologia demais. A gente podia ajustar o tipo de roupa e até o nível da água.
            Quando eu comprei esta máquina, há uns vinte anos atrás, nunca imaginei que um dia ela seria obsoleta. Afinal o que tem de mais no processo de lavagem de roupa. Parecia um processo simples e que nunca mudaria, era só colocar a roupa suja dentro, sabão e água e deixar ela fazer o trabalho pesado, nada poderia ser mais simples, mas como tudo evolui, chegou a vez de evoluir a minha querida máquina de lavar roupa. É bem verdade que as vezes ela queria sair pulando pela casa, mas era só sair correndo e subir em cima dela que ela logo se acalmava. Era uma diversão para todos. Em fim... Ela já se foi e deu lugar a uma mais evoluída. Vou chama-la de Novata.
            A Novata assim que chegou já não gostei, foi logo fazendo estrago. Não entrava no apartamento. Tivemos que tirar a porta para ela entrar.
            A instalação da Novata foi um processo normal, sem nenhum transtorno. Um cano de descarga de água suja e uma mangueira para entrada de água. Verificamos a voltagem da tomada e pronto. Estava instalada e pronta para o trabalho.
            A troca da velha pela nova, até o momento parecia ser algo tranquilo, tirando o incidente da porta. Até que chegou a hora de usar a danada.
            Percebi que minha esposa estava muito tempo na área de serviço, calada (Este fato por si só já é muito estranho). De longe fiquei observando-a. Estava de óculos, debruçada sobre a máquina, observando aquele painel cheio de botões e luzes que mais parecia o painel de controle do ônibus espacial: Challenger (Isso mesmo aquele que caiu). Pensei comigo... Acho que a paz vai embora! Não demorou muito e ela...
            - Cheirinho... Vem aqui, por favor!
            Eu, já meio que premeditando os próximos eventos, me aproximei devagar e desconfiado e disse:
            - Hummmm... O que foi?
            - Olha só... Estou com uma dúvida. Vou lavar estes tapetes e não sei onde coloca o material e nem qual programa selecionar.
            - Como assim? Que material? Não é só sabão?
            - Não... Aqui tem uma gavetinha com três repositórios e diferentes níveis de cada produto. A gente tem que colocar sabão, amaciante, alvejante. Mas eu não sei o nível certo para cada produto.
            - Fica tranquila, vou dar uma lida no manual e logo tiro suas dúvidas.
            Peguei aquele manual, que mais parecia uma bíblia e comecei a ler. Sabia que se fosse dar uma lida rápida em todas aquelas capítulos, com certeza, os tapetes seriam lavados apenas na próxima semana.
            Então, fui direto ao ponto onde fala do nível da água e de produtos, orientado pelo índice. Na primeira linha deste capítulo dizia: Por favor, leia o capítulo 67 antes de prosseguir com a leitura deste. Assim fiz... Fui ao capítulo 67 que falava sobre sustentabilidade e economia de água. Comecei a ler e quase chorei com o relato de como devemos aproveitar bem a água e da importância de saber dosar bem os produtos químicos para não degradar o meio ambiente e não estragar as roupas. Depois de uma aula de preservação ambiental e boas maneiras, retornei ao capítulo 22 que tratava sobre o nível da água e de produtos. Na segunda linha dizia: Agora que você está consciente sobre o melhor uso da água e sabe tudo sobre sustentabilidade, podemos falar sobre o nível da água e de produtos, antes, porém, é importante você saber as funções de cada programa deste maravilhoso equipamento, para isso leia os capítulos: 68, 69, 70, 73 e 90. Respirei fundo e fui buscar meus óculos e um lugar mais confortável para sentar, afinal tinha muito que ler.
            Depois de duas horas e meia de leitura, consegui construir uma matriz de funções e necessidades numa planilha Excel que me ajudou a orientar sobre o que eu deveria fazer para cada tipo de roupa, quantidade, quais produtos usar e o nível de cada produto e o mais importante: saber definir exatamente o nível ideal da água.
            A programação da Novata é muito complexa e depende de muitas variáveis.
            Veja abaixo as combinações das variáveis que devemos considerar de acordo com cada programação:
1.    LAVAGEM DELICADA
a.    Roupa íntima
    i.    Definir Quantidade: Muito pouca, Pouca, Tanto bom, Muita.
    ii.    Obs.: Se tiver calcinhas ou cuecas reutilizadas sem lavar reexecutar as fases três vezes. Separadamente das outras peças.
FASES IDEAIS:
·         Molho curto + Agitação
·         Agitação
·         Enxágue
·         Centrifugação
b.    Seda / Lã
        i.    Definir Quantidade: Muito pouca, Pouca, Tanto bom, Muita.
FASES IDEAIS:
·         Molho curto + Agitação
·         Agitação
·         Enxágue
c.    Roupa de Bebê
        i.    Definir Quantidade: Muito pouca, Pouca, Tanto bom, Muita.
        ii.    Obs.: Se tiver peças cagadas, acionar a função Enxágue Duplo Turbo e reexecutar TODAS as fases três vezes.
FASES IDEAIS:
·         Molho longo + Agitação
·         Molho + Agitação
·         Molho curto + Agitação
·         Agitação
·         Enxágue
·         Centrifugação
2.    LAVAGEM PESADA
a.    Tirar - Manchas
b.    Jeans
c.    Pesado Sujo
3.    LAVAGEM ESPECIAL
a.    Edredom / Cobertor
b.    Rápido 19min
c.    Normal / Molho Amaciante
4.    DIA A DIA
a.    Toalha de banho
b.    Roupa de cama
c.    Normal
            Depois de entender os programas e com a planilha Excel em mãos para saber o que fazer, aí ficou muito fácil.
            Colocamos os tapetes para lavar e aguardamos ansiosos o término do trabalho. 
            Acontece que a nossa antiga máquina apesar de barulhenta e revoltada e bruta com a vida, era mais ágil. Batia, pulava, gritava e vazava água, mas era rápida. Agora... Pensa numa Novata preguiçosa. A gente escolhe a programação e liga ai ela fica processando toda aquela informação por três minutos até iniciar (A Esposa logo reclama: Uai... Ela não começou ainda). É um tal de começa a bater e para que Deus me livre. Começa novamente, aí a gente fala... Agora ela anima. Que nada!
            Levou a tarde toda para lavar quatro tapetes e ainda ficou sujo.
            Aiii que saudade da minha “velhinha” barulhenta e maluca!

Curiosidades nos Nomes das Cidades Brasileiras

               Como o blog Rotina de um Zé, também é cultura, hoje vamos falar dos nomes engraçados e diferentes de algumas cidades brasileiras.                 
                Estava pesquisando sobre isso na internet e encontrei algumas pérolas. A maioria dos nomes engraçados e estranhos estão, na maioria das vezes, associados a algumas particularidades locais e a criatividade dos brasileiros.
                Vamos então aos nomes das cidades:
1.    Pintópolis – Minas Gerais: Sugestivo né... Mas ninguém sabe dizer a origem deste nome. Localizada a 45 quilômetros do município de São Francisco, e 78 quilômetros do município de Urucuia. E quem nasce em Pintópolis é: Pintopolense.
2.    Anta Gorda – Rio Grande do Sul: Por volta de 1900, quando existia no território uma vasta área de mata virgem, entre os rios Guaporé e Forqueta, muitos animais selvagens podiam ser encontrados na região, inclusive Antas. Certa vez abateram uma Anta muito gorda e então passou a ser referência ao local. Quem nasce em Anta Gorda é: Anta-Gordense.
3.    Bofete – São Paulo: Com certeza você deve estar imaginando que a origem do nome deve-se por conta de alguma briga, mas não. A origem deste nome é bastante interessante. O território era passagem dos sertanistas tropeiros que guardavam seus mantimentos e pertences numa grande caverna, na época havia um tipo de móvel de origem francesa, usado para estocar alimentos, denominado: Bufett. Com semelhança entre o morro e o móvel para estocar mantimentos, houve a associação entre ambos e surgiu o nome aportuguesado pelos sertanistas “bofete”. Quem nasce em Bofete não é bofeteiro é: Bofetense
4.       Lagoa da Confusão – Tocantins: Agora sim, a origem do nome deve ter algo com alguma briga! Nada disso... A primeira vista que tiveram foi de uma linda lagoa azul, a região era protegida por serras e pântanos que dificultava o acesso ao lago, o que gerava muita confusão, daí a origem do nome. Quem nasce em Lagoa da Confusão não é criador de caso é simplesmente: Lagoense.
5.       Witmarsum – Santa Catarina: Este é fácil! (Risos). Alguns afirmam que a origem vem do alemão e significa: Estrela Azul. Porém outros afirmam que tem origem inglesa e significa: Filho de Witmar (Mais risos...) que para mim tem muito mais lógica! E quem nasce em Witmarsum é: Witmarsumense.
6.       Xanxerê – Santa Catarina: Este também é muito fácil! Está na etimologia da palavra. Tem origem indígena e significa: Campina da Cascavel. Através da junção dos termos xãxã ("cascavel") e rê ("campo, campina"). Quem nasce em Xanxerê não é “sogra” é: Xanxerense.
7.       Ubatuba – São Paulo: Este também está claro que é de origem indígena, mas a maioria faz piadinha com este nome, chamando a cidade de “Ubachuva” porque chove muito na região. Mas a verdade é que tem origem do tupi e significa: Ajuntamento de canoas. Ubá dignifica canoa e tyba indica ajuntamento, aglomerado. E quem nasce em Ubatuba não é ubatubense, é: Ubatubano.

Agora tem muitas curiosidades também com nome de pessoas, mas isso vamos falar em outro momento